quarta-feira, 13 de julho de 2011

Querido Padrinho,
Ontem adormeci a chorar enquanto pensava em ti.
Sabes nunca pensei  poder sentir tanto a falta de alguém, ainda por cima nem nos víamos assim muito mas o facto de saber que podia contar sempre contigo para te dar um beijinho e ouvir-te perguntar-me se estava tudo bem acalmava-me.
Gostava de poder falar com a madrinha sobre ti mas tenho medo que seja muito cedo.
Eu sei que já passaram mais de duas semanas mas se eu sinto a tua falta nem imagino como ela se sente.
Queria poder contar-lhe como sonhei contigo na noite antes do teu funeral, como me convidaste a ir andar de bicicleta contigo. A mãe disse-me que era um sinal de que não te querias ir embora sem te despedir de mim, eu acredito que sim afinal deixaste-nos assim tão de repente...

Ela pensa que eu estou bem (sabes como eu gosto de me fazer de forte) mas quando páro para pensar em ti não consigo controlar-me as lágrimas caem (como agora).
Poucos dos meus amigos sabem que tu morreste e os que sabem não têm noção do quanto sinto a tua falta, é um sentimento que não consigo explicar. Fecho-me em copas e espero pela noite para chorar. Sei que esta dor vai ser aliviada mas para já só consigo chorar.

Depois do teu funeral e de ter chorado tanto evitei falar em ti a quem quer que fosse e evitava pensar em ti (perdoas-me?), agora duas semanas passadas não consigo mais continuar a fazer-me de forte, preciso de colo , preciso de ombro para chorar. Como eu gostava de poder falar com a madrinha...

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